A RN 507 é uma norma técnica brasileira que regulamenta o Programa de Acreditação de operadoras de planos privados de assistência à saúde. Elaborada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a norma busca garantir que as operadoras cumpram um padrão mínimo na qualidade dos serviços oferecidos, promovendo assim maior segurança e confiança para os beneficiários.
A obtenção do selo garante às operadoras uma maior competitividade no mercado e consequentemente, beneficia os consumidores por meio de serviços mais seguros e eficientes. No entanto, há algumas etapas que as operadoras de saúde precisam vencer para se organizarem ao ponto de conseguirem a Acreditação. Para a diretora da entidade acreditadora, A4Quality Healthcare, Marília Ehl, as operadoras precisam considerar os pontos-chave do processo de acreditação antes mesmo da submissão ao selo. “O programa de Acreditação de operadoras de planos de saúde – OPS, é importante por reproduzir um sistema de gestão, em que é possível verificar a gestão organizacional da empresa, passando pelos diversos processos e práticas da OPS, no sentido de entender como está o seu planejamento e gestão estratégica, a estrutura de governança, a gestão de pessoas; a gestão de sua rede prestadora, com foco em qualidade e segurança do paciente; a gestão em saúde dos associados, priorizando o cuidado e o acolhimento; e a experiência do beneficiário, em que se pode avaliar o esforço da OPS para se aproximar daqueles que dependem da organização nos momentos de maior fragilidade”, disse.
Além disso, Marília reitera que as operadoras de médio e grande porte terão, obrigatoriamente, que cumprir o que está estabelecido na RN 443 (práticas mínimas de governança corporativa, com ênfase em controles internos e gestão de riscos) e o programa de Acreditação é o caminho para o cumprimento da citada normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. “As operadoras acreditadas conseguem perceber facilmente um melhor relacionamento com a rede, mais qualidade no atendimento, maior satisfação dos beneficiários, melhoria dos resultados e maior envolvimento dos colaboradores com o sucesso da instituição”, afirma.
Outros benefícios para as OPS acreditadas:
- Integração com a RN 440 (APS) e com a RN 443 (Práticas Mínimas de Governança);
- As OPS acreditadas em qualquer nível até dezembro de 2022, farão jus à redução da exigência mensal de margem de solvência em 5% do exercício corrente. A partir de 2023, há possibilidade de redução do capital regulatório;
- Bonificação correspondente ao nível atingido no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar – IDSS do Programa de Qualificação de Operadoras. Ou seja, a pontuação-base do IDSS da OPS acreditada pode variar de 0,15 a 0,30, dependendo do nível alcançado na Acreditação.
Benefícios da acreditação para o usuário:
O programa de Acreditação de OPS, por obrigar a organização a rever todos os seus processos e práticas com foco sempre na melhoria e na implementação de planos de ação, com a adoção de medidas corretivas, faz com que todas as atividades voltadas para o atendimento do beneficiário realmente sejam revistas e aprimoradas, segundo Marília Ehl. “O beneficiário ganha em acolhimento, qualidade no atendimento, transparência, segurança e apoio efetivo na avaliação das suas necessidades, além de ganhar uma empresa com foco em inovação e na busca por atender melhor às expectativas dos seus clientes”, completa.
Os desafios da acreditação:
Por ser voluntário, um número pequeno de OPS são acreditadas, talvez por imaginarem ser muito difícil a implementação das práticas relacionadas na atual norma da ANS, a RN 507. Para Marília, a maior dificuldade a ser enfrentada passa a ser um detalhe frente aos resultados inerentes a esse processo, como a melhoria da gestão, o envolvimento e comprometimento das pessoas, bem como a redução do custo com o desperdício.
Nesse sentido, é essencial que as operadoras de saúde invistam em soluções, sistemas informatizados ou ferramentas tecnológicas que tenham o intuito de otimizar tempo, reduzir custos, focar na qualidade e segurança dos dados e das informações. “A tecnologia da informação – TI, deve fazer parte da estratégia da empresa e ser utilizada a favor do negócio. É importante ter em mente que sem TI não existe empresa. E as ferramentas e soluções, como as de gestão do risco assistencial da healthtech hCentrix, devem sempre ser utilizadas para apoiar os processos de negócio que compõem a organização e facilitar a tomada de decisão”, conclui.
Ainda falando de soluções para a gestão do risco assistencial e gestão de saúde populacional, core business da empresa hCentrix, Marília reafirma que acreditação traz uma perspectiva importante de se cuidar do paciente de forma a entender o seu perfil e sua real necessidade, com base em análises epidemiológicas não somente considerando a utilização, que avalia um histórico passado e pode levantar dados defasados e/ou incorretos. “A norma busca estimular as empresas a conhecerem efetivamente os seus beneficiários, considerando, principalmente, informações mais fidedignas e atualizadas, levantadas por profissionais da auditoria concorrente, pelos gestores e coordenadores do cuidado dos programas gerenciados pelas OPS, na utilização de ferramentas que identificam e levantam informações em tempo real, e também em questionários qualificados de saúde populacional”, relembra.
“Todo esse processo só é possível com o investimento em pessoas e soluções que acompanhem a jornada do paciente, em qualquer nível de atenção à saúde e em qualquer prestador de serviço utilizado pelo beneficiário”, conclui.
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