Câncer de Próstata: A Importância da Prevenção e do Diagnóstico Precoce

Em novembro temos mais uma campanha global e importantíssima de conscientização voltada para a saúde masculina, com foco especial na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. O objetivo é buscar informar os homens sobre a importância de cuidar da saúde e realizar os seus exames periódicos. Antes de falarmos sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce, vale contextualizar resumidamente sobre a próstata. A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, rodeando a porção superior da uretra (canal por onde passa a urina) e que tem a função de produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. O Câncer de Próstata se trata de um crescimento anormal e descontrolado de células desta glândula, onde formam-se os tumores, sendo eles benignos ou malignos. Em alguns casos, a doença pode ser silenciosa e não oferecer riscos à saúde do homem, porém em outros casos, é possível identificar um crescimento acelerado destas células que se espalham para outros órgãos, podendo inclusive levar à morte. Este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, mas representando cerca de 29% de todos os casos de câncer diagnosticados no público masculino. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2023, foram estimados cerca de 72 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil, o que equivale a uma taxa de incidência de aproximadamente 66 casos por 100 mil homens. Em 2021, último ano com dados consolidados, o Brasil registrou cerca de 16 mil mortes causadas por câncer de próstata, em alguns lugares essa mortalidade está em declínio, graças a diagnósticos e tratamentos mais eficazes, porém ainda é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, atrás apenas do câncer de pulmão. Por isso da importância da prevenção! Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem altas taxas de sobrevida (acima de 95% em 5 anos), no entanto, muitos homens no Brasil ainda recebem o diagnóstico em estágios avançados, o que reduz as chances de cura. Em um estudo realizado utilizando o Perfil de Saúde Populacional Dinâmico da hCentrix, para uma população de aproximadamente meio de milhão de vidas, cerca de 1,7% são homens que possuem fatores de risco para o câncer de próstata e 0,06% são beneficiários que fizeram algum exame para avaliação diagnóstica em um período de 12 meses. Trabalhar essa população precocemente é de extrema importância, pois a médio e longo prazo, eles podem se tornar pacientes complexos e outliers para a instituição de saúde. Diante disso, vamos explorar mais detalhadamente os fatores de risco associados ao desenvolvimento desta doença: Pode parecer um clichê, mas adotar práticas saudáveis diminui o risco de várias doenças, inclusive o câncer. Manter um estilo de vida saudável como por exemplo, ter uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e manutenção do peso é essencial para redução do risco, além disso realizar regularmente os exames periódicos, iniciando a partir dos 50 anos, promove a identificação da doença o mais precoce possível, evitando que ela se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada, aumentando assim a chance de sucesso no tratamento. Os exames recomendados para investigar o câncer de próstata é o exame de toque retal, onde o médico avalia o tamanho, forma e textura da glândula, permitindo palpar as partes posterior e lateral da próstata, e o exame de PSA, que é um exame de sangue que mede a quantidade da proteína produzida pela próstata, o Antígeno Prostático Específico (PSA), onde níveis elevados podem indicar alterações na próstata. Em estágio inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas perceptíveis, no entanto nos casos mais avançados podem surgir. Saber identificar esses sintomas e buscar ajuda médica o mais rápido possível é fundamental para a investigação. Os mais comuns são: A biópsia é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal, onde é coletada uma amostra da próstata para ser analisada em laboratório. O tratamento do câncer de próstata pode ir desde uma Vigilância Ativa (para casos de baixo risco), até os casos de necessitam de uma terapia hormonal, radioterapia ou mesmo, em casos mais invasivos, a cirurgia. A escolha do tratamento varia muito de acordo com o estágio da doença e a condição do paciente. A campanha Novembro Azul é essencial para quebrar tabus e incentivar os homens a cuidarem mais da saúde. A hCentrix segue na mesma direção promovendo a identificação precoce de indivíduos com fatores de risco e pacientes em fase diagnostica, a fim de favorecer uma vida mais longa e saudável aos homens! Marcelle Fagundes Referências: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ DE ALENCAR GOMES DA SILVA. Câncer de próstata: vamos falar sobre isso? 3ª reimpressão. Rio de Janeiro: INCA, 2019. 12 p. il. color. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2022. 160 p. il. color.
Diabetes Mellitus: Compreendendo essa condição de saúde e a importância da intervenção precoce para uma vida saudável.

O Dia Mundial do Diabetes é celebrado em 14 de novembro e a escolha dessa data homenageia o aniversário de Frederick Banting, que descobriu a insulina em 1921 juntamente com Charles Best, um marco no tratamento desta condição. A data foi instituída pela Federação Internacional de Diabetes com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1991 para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, da prevenção e do controle da diabetes. Essa campanha tem como objetivo incentivar a educação e a conscientização sobre essa condição de saúde, promovendo políticas de saúde pública que garantam o acesso a tratamentos e apoio a pessoas que vivem com o diabetes. O Diabetes Mellitus tem sido um dos problemas de saúde pública mais preocupantes no Brasil e com impacto extremamente significativo, especialmente devido ao aumento constante do número de casos e suas complicações associadas. As estatísticas recentes indicam uma alta prevalência dessa condição na população e, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2022 aproximadamente 9,3% da população adulta brasileira foi diagnosticada com diabetes e isso representa cerca de 16,8 milhões de brasileiros com a condição, sendo que esse número cresce cerca de 40% desde 2006 A prevalência da diabetes é mais comum entre idosos acima de 65 anos, onde mais de 20% têm esta condição, mas este número vem aumentando entre adultos e crianças. A maioria dos casos de diabetes no Brasil é do tipo 2 (mais de 90%), que está fortemente associado ao sedentarismo, alimentação pouco saudável e obesidade. A diabetes tipo 1, que é autoimune e geralmente diagnosticada na infância ou adolescência, representa cerca de 5 a 10% dos casos Nas operadoras de saúde representa um grande desafio, pois essa condição envolve um alto custo devido ao tratamento contínuo necessário, como consultas, exames de acompanhamento, medicamentos, internações e responde por uma porcentagem significativa dos gastos assistenciais, especialmente quando há complicações como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, amputações etc. Em um estudo realizado utilizando o Perfil de Saúde Populacional Dinâmico da hCentrix, para uma população de aproximadamente meio de milhão de vidas, cerca de 10% são os acometidos por esta condição e que custou cerca de 31,5% do custo total, apurado em um período de 12 meses. A falta de vigilância desses indivíduos aumenta o risco de complicações, além de ser uma das principais causas de óbitos no país. Entende-se que muitas pessoas convivam com o Diabetes sem saber, mas é evidente que o diagnóstico precoce impacta significativamente na adesão ao tratamento, melhora da qualidade assistencial prestada e redução potencial dos custos nas instituições de saúde. É crucial investir em estratégias preventivas e de cuidado coordenado para minimizar complicações, o impacto de hospitalizações frequentes, melhorar a qualidade de vida do indivíduo e, à longo prazo, reduzir os casos crescentes nas estatísticas e os custos globais de assistência. Algumas empresas de saúde têm adotado ferramentas de monitoramento remoto, como dispositivos de controle glicêmico e aplicativos de saúde, para auxiliar no acompanhamento diário dos níveis de glicose dos pacientes, facilitando ajustes no tratamento e prevenindo complicações. Além disso, um dos focos dessas empresas é a educação do paciente, a conscientização sobre o autocuidado e frequentemente implementam protocolos de cuidado baseados em diretrizes para garantir um padrão de atendimento e melhorar os resultados dos pacientes com diabetes. Para isto, os programas de gerenciamento de saúde específicos para pacientes crônicos, com ênfase em diabetes, hipertensão e obesidade tem sido uma das principais ações, para oferecer acompanhamento médico contínuo, promoção do autocuidado e monitoramento do controle glicêmico dos pacientes. É extremamente importante manter uma vigilância operacional sobre essa população com informações atualizadas sobre o paciente, principalmente para se evitar os desvios da jornada. A tecnologia da hCentrix permite aos clientes, a implementação de uma vigilância da população em tempo real, viabilizando o direcionamento de intervenções precoces e eficazes logo após o diagnóstico e se torna fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzir complicações a longo prazo e podem impactar de forma positiva a progressão da condição e os custos associados. Portanto, determinar um plano de tratamento adequado ao momento do paciente que foi diagnosticado precocemente se torna um dos pilares para o sucesso na gestão do Diabetes. Esses fatores mostram que o Diabetes Mellitus é uma prioridade na gestão de saúde populacional, exigindo um equilíbrio entre o controle dos custos e a oferta de cuidados contínuo, abrangente, integrado e coordenado. Marcelle Fagundes
Navegação do Paciente Oncológico na Saúde 4.0

A navegação oncológica: A navegação oncológica é um processo que visa oferecer suporte completo e personalizado aos pacientes com câncer ao longo de sua jornada desde o diagnóstico até a reabilitação ou na gestão da alta complexidade. Quando feita de forma eficaz, traz diversos diferenciais, tanto para o paciente quanto para o sistema de saúde. Aqui estão alguns dos seus principais diferenciais: 1. Atendimento personalizado e centrado no paciente: Apoiar o paciente e sua família na identificação das necessidades específicas da sua condição e as barreiras no tratamento, garantindo que cada paciente receba um atendimento individualizado, holístico e humanizado, de acordo com o seu momento na jornada. 2. Redução de tempo entre diagnóstico e tratamento: Identificar rapidamente o diagnóstico do paciente no intuito de agilizar, em sua jornada, o tratamento mais adequado. Essa vigilância e a atuação precoce reduz atrasos, o aumento da complexidade do paciente e permite que o tratamento se inicie no momento certo, o que é crucial para a eficácia no tratamento do câncer 3. Apoio emocional e psicológico: Oferecer suporte emocional para reduzir a ansiedade, a depressão e o estresse relacionados ao diagnóstico e tratamento do câncer. Isso impacta positivamente na qualidade de vida do paciente e pode até melhorar a adesão ao tratamento. 4. Melhora na adesão ao tratamento: Acolher o paciente no momento em ele mais precisa, oferecendo uma orientação direcionada e reforçando a importância de cada etapa do processo, diminui as chances de abandono e aumenta a probabilidade de adesão ao tratamento, mesmo em fases desafiadoras. 5. Educação e capacitação do paciente e família: Proporcionar educação continuada ao paciente e à sua família para conhecimento sobre a doença, opções de tratamento, possíveis efeitos colaterais e cuidados de suporte, pode reduzir o número de consultas emergenciais e melhorar os resultados do tratamento. 6. Integração e coordenação de cuidados: Garantir uma comunicação efetiva entre os diferentes profissionais de saúde envolvidos no tratamento do paciente para se manterem alinhados em relação ao plano de tratamento. Isso minimiza falhas de comunicação e melhora a qualidade do atendimento. 7. Redução de custos para as instituições de saúde: Reduzir os desvios da jornada, como por exemplo as reinternações e consultas emergenciais, impacta diretamente nos custos das instituições de saúde, pois o tratamento é otimizado e as complicações são minimizadas. Esses diferenciais reforçam a importância de se implementar uma navegação oncológica efetiva, proporcionando ao paciente uma jornada mais tranquila, garantindo uma qualidade no cuidado prestado, sendo ele mais completo e assertivo e consequentemente obter uma redução nos custos das instituições de saúde. A navegação oncológica e o impacto da Saúde 4.0: A Saúde 4.0 é caracterizada pela incorporação de inovações tecnológicas para melhorar o diagnóstico, monitoramento e tratamento. Essas tecnologias avançadas, como inteligência artificial, big data, coleta e análise de dados em Real Time, fornecem informações precisas tanto para profissionais de saúde quanto para os próprios pacientes, facilitando uma tomada de decisão mais rápida e fundamentada. O uso da IA no treinamento de algoritmos em conjuntos de dados para alcançar um resultado esperado, como por exemplo reconhecer um conjunto de fatores que direcionam pacientes para uma mesma classificação, possibilita analisar grandes volumes de dados, identificar padrões, potenciais riscos de complicações e oferecer recomendações personalizadas de tratamento. Essa personalização é particularmente relevante em oncologia, onde cada caso possui variáveis únicas, tem transformado a identificação precoce do câncer e outros aspectos da assistência oncológica e funciona como uma janela de oportunidade na evolução do paciente oncológico. Essa nova abordagem proporciona uma detecção antecipada com diagnósticos mais rápidos e precisos, otimizando o tratamento e aumentando as chances de cura. Essa transformação digital no setor da saúde não apenas otimiza processos e fluxos de trabalho, mas também coloca o paciente no centro das decisões clínicas, oferecendo uma jornada de tratamento mais eficiente. A navegação do paciente oncológico na Saúde 4.0 é uma revolução na maneira como o tratamento do câncer é gerido. Ao integrar tecnologia e humanização, essa nova era oferece um atendimento mais ágil, personalizado e eficiente. A Saúde 4.0 na hCentrix: A hCentrix tem como foco trazer soluções em GSP – Gestão de Saúde Populacional, que combinam apoio consultivo com serviços e tecnologia robusta que integra o conceito de Saúde 4.0. A partir disso, ela identifica o risco de 100% de uma população de forma contínua, fazendo uma vigilância em tempo real.É gerado cerca de 100 estratos que vão desde indivíduos com fatores de risco até indivíduos com condições de saúde de altíssimo risco e tudo isso com uma elevada precisão. Desta forma, é possível coordenar e controlar proativamente as iniciativas junto à população com um objetivo genuíno de identificar oportunidades de atuações precoces, garantir uma melhor qualidade assistencial prestada e um maior controle do custo assistencial. Na Jornada Oncológica, a hCentrix identifica os indivíduos na fase de risco (aqueles que não estão realizando seus exames periódicos), os indivíduos que estão na fase de investigação diagnóstica (aqueles que já evoluíram para uma fase preditiva) – que é uma janela importante de oportunidade para apoiar o indivíduo precocemente dentro dessa jornada, indivíduos em tratamentos seja ele cirúrgico ou terapêutico, até chegar ao desfecho, seja na remissão ou em casos mais complexos que evoluem para o cuidado paliativo. Esses alertas ajudam a melhorar o timing do engajamento, com a identificação da doença precocemente, sinalização das complicações dentro da jornada, evolução do risco e, dessa forma, ativar o cuidado coordenado na instituição de saúde. Conclusão: A navegação é um processo fundamental tanto na oncologia, quanto para as demais jornadas de saúde, pois visa oferecer suporte completo e personalizado aos pacientes ao longo de todas as fases do tratamento, desde o diagnóstico até a reabilitação.A Navegação Oncológica voltada aos conceitos da Saúde 4.0 tem o potencial de revolucionar a identificação precoce do câncer, reduzindo custos e melhorando significativamente os desfechos para os pacientes. A aplicação dessas tecnologias no rastreamento e diagnóstico oferece uma resposta mais rápida, precisa e acessível, salvando vidas ao reduzir o tempo entre o surgimento inicial do câncer e sua detecção.A hCentrix segue
