A sinistralidade é um dos principais fatores que impactam nos custos dos planos de saúde. Esse indicador corresponde ao número de beneficiários que utilizam os serviços do plano e, consequentemente, geram despesas para a operadora. Como você já deve saber, quanto maior for a sinistralidade, maiores serão os custos assistenciais da operadora com o pagamento de procedimentos médicos e hospitalares.
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OS IMPACTOS DA PANDEMIA
Se a sinistralidade já é um desafio para as operadoras de saúde, uma vez que elas precisam arcar com um alto custo e nem sempre é possível repassar aos contratos na mesma proporção, durante a pandemia os impactos foram ainda maiores.
Se durante o primeiro ano da pandemia, quando o isolamento social foi adotado e impediu muitos beneficiários de darem continuidade aos seus tratamentos, no segundo ano o cenário foi bem diferente. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS, apenas no terceiro trimestre de 2021 as operadoras pagaram aos prestadores assistenciais e fornecedores R$ 43 bilhões, o valor mais alto desde o primeiro trimestre de 2019.
O órgão atrelou o recorte de desembolso aos custos à alta demanda por procedimentos não urgentes. Com a queda nos índices de mortes e internações por covid-19, houve a retomada imediata e progressiva dos beneficiários aos tratamentos antes pausados e a busca por atendimento daqueles que agora precisam de assistência.
A inflação também contribuiu para o aumento. Em 2021 a inflação no Brasil ficou em 10,06% no ano. Esse foi o maior índice desde 2015, que ficou em 10,67, de acordo com o IBGE.
UM VELHO PROBLEMA QUE PRECISA DE NOVAS SOLUÇÕES
Não é novidade que a sinistralidade é crescente e preocupa gestores de operadoras de saúde. Equilibrar os custos e manter a sustentabilidade da empresa sempre foi motivo de preocupação para os gestores. No entanto, os números divulgados pela ANS nos colocam diante de um fato ainda mais preocupante: a sinistralidade está em escalada. E uma escala voraz em uma velocidade desproporcional ao crescimento dos demais índices econômicos.
E, o que os operadoras de saúde podem fazer diante do aumento da sinistralidade pós-pandemia e o descontrole da inflação?
- A solução mais antiga para esse cenário seria cortar custos, aumentar preços e recalcular a rota, deixando novos investimentos para outro momento. No entanto, é essencial ressaltar que se essa fosse a melhor solução para conter o aumento da sinistralidade, ela certamente não seria uma crescente tão preocupante para gestores de todas operadores, grandes ou pequenas.
- Há um campo aberto para a inovação na saúde com oferta de várias novas soluções que agem na gestão e otimização de recursos para as operadoras de saúde. Essas soluções não vão de encontro ao aumento da sinistralidade, mas atuam nos fatores que levam a esse aumento, como o aumento dos custos assistenciais e a falta de ações preventivas que minimizem impactos negativos no futuro.
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