As mudanças demográficas e socioeconômicas têm apresentado vários desafios para o setor de saúde, impondo a necessidade de mudanças de várias práticas. O envelhecimento da população, assim como o surgimento de novos tratamentos caros, tem aumentado os custos dos serviços — que precisam começar pensar em medidas para melhorar a eficiência das suas ações.Chamamos esse fenômeno de Saúde 4.0, que engloba todas as soluções que utilizam análises de dados, automação e Inteligência Artificial para melhorar os processos de gestão e de cuidado.Um de seus objetivos é aproveitar todos os dados dos pacientes para extrair informações populacionais a fim de personalizar o cuidado e, assim, aumentar a sua eficiência sem incrementar os custos. Quer saber mais sobre o tema? Então acompanhe este post!
Qual é o papel da tecnologia nesta transformação?
Enquanto as evoluções anteriores da tecnologia em saúde focaram no desenvolvimento de novos equipamentos e fármacos, a 4.0 percebeu que uma ação muito mais simples pode ser executado com excelentes resultados. A seguir, confira algumas de suas contribuições!
Telemedicina
A telemedicina facilita a comunicação entre os profissionais da saúde. Em sistemas computadorizados, testes, laudos e prontuários podem ser compartilhados rapidamente, sem a necessidade de uma entrega física ou de impressão em papel. Por exemplo, uma clínica de imagem não precisará manter um médico in loco para laudar os exames. Ela pode enviar a imagem pela Internet para o profissional analisá-la e enviar seu parecer.Isso também facilita o acesso aos procedimentos, pois centros distantes de grandes cidades têm dificuldade em manter médicos em sua equipe. Com a telemedicina, tudo é feito à distância. Nos hospitais, isso reduz o tempo para o diagnóstico, visto que, o exame é compartilhado nos sistemas de prontuário eletrônico logo após ser realizado.
Automatização de processos
A automação de processos tem trazido muito mais agilidade e exatidão para o setor de saúde — especialmente na medicina diagnóstica. Antigamente, os exames eram executados manualmente, um a um. O patologista clínico tinha que fazer o processamento de amostras, executar os processos reagentes, calibrar as máquinas, calcular e lançar os resultados.No entanto, hoje em dia, a maioria dos equipamentos faz tudo isso automaticamente sem praticamente nenhuma intervenção humana. O profissional só precisa inserir as amostras e todas essas etapas são executadas. No entanto, o patologista ainda é imprescindível, pois analisa cada resultado e compara com o contexto clínico do paciente. A grande vantagem é que os dados também podem ser compartilhados via telemedicina.
Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial talvez traga a maior revolução para a área da saúde nos próximos anos. No entanto, essa mudança não virá da cirurgia robótica, nem dos grandes equipamentos da área de diagnósticos. Será uma ação muito mais simples: a medicina populacional.Atualmente, já temos sistemas de Big Data — softwares capazes de analisar gigabytes de dados em alguns segundos. Assim, um serviço de saúde consegue obter informações sobre os indicadores de saúde de cada população para prever a possibilidade do surgimento de doenças, tomando medidas preventivas antes que eventos adversos ocorram.Por exemplo, sabe-se que um paciente diabético sem tratamento adequado pode evoluir o seu quadro para doenças graves, como infarto agudo do miocárdio, doença arterial periférica, edema macular etc. Por isso, precisam de um acompanhamento médico com exames laboratoriais muito mais frequentes.Com o Big Data, é possível listar todos os pacientes sem atualização dos exames, que não estão se consultando com profissionais do serviço, além de calcular a probabilidade de eventos adversos. Então, os gestores podem pensar em medidas para atrair esses indivíduos e cuidar dos fatores de adoecimento.A Inteligência Artificial leva o Big Data para um patamar muito mais elevado. Esse software analisará todos os dados em tempo real, como:
- resultados de exame;
- internações;
- palavras-chave em prontuários eletrônicos;
- medicações em uso etc.
Assim, a todo o instante o gestor poderá tomar decisões mais precisas sobre a alocação de recursos, prevenção de doenças, oferta de serviços, efetividade de tratamentos, utilidade de exames, entre outros.Isso pode ter um impacto significativo na redução de custos na saúde. Grande parte deles está relacionada à indicação inadequada de ferramentas diagnósticas. Por exemplo, uma tomografia computadorizada de crânio para um paciente com cefaleia sem nenhum fator de risco.Com um sistema adequado, todo exame deverá ser autorizado por um médico auditor que, munido com a Inteligência Artificial, poderá conhecer os riscos do paciente antes de tomar sua decisão.
Quais são os benefícios da saúde 4.0 para o paciente?
Como visto, a implementação dos avanços tecnológicos na chamada saúde 4.0 tem tudo para melhorar a qualidade do serviço de seus usuários. Confira, a seguir, como isso pode ser realizado!
Agilidade nos processos clínicos
Em vez de enfrentar um processo burocrático para o diagnóstico de sua condição, o paciente não precisará mais se submeter a exames desnecessários, como as idas e vindas aos laboratórios, para buscar os resultados. Todas as decisões serão otimizadas com base nas evidências clínicas da boa prática médica e a documentação será compartilhada digitalmente.
Precisão nos resultados
Grande parte dos diagnósticos incorretos na medicina são gerados pela indicação inadequada de exames, que são solicitados sem uma noção clínica baseada nos sinais, sintomas do paciente ou dados epidemiológicos.Ou seja, o grande vilão da história não é o erro analítico, mas a caneta do médico. A saúde 4.0 traz as ferramentas certas para que o gestor de saúde avalie se um exame ou um procedimento estão bem indicados com base nos critérios de saúde populacional.
Menor custo
Como os exames e procedimentos desnecessários são as principais causas de desperdício de recursos nessa área, melhorar os processos de indicação deles significa diminuir a onerosidade do sistema. Consequentemente, reduz-se a necessidade de aumentar a mensalidade de planos de saúde.
Segurança na tomada de decisões
O profissional terá agora o auxílio da tecnologia para tomar melhores decisões, isto é, priorizando ações com um alto impacto populacional, personalizando o cuidado e evitando condutas desnecessárias. Além disso, os gestores poderão redirecionar os recursos para ações que realmente têm impacto sobre os indicadores e condicionantes de saúde.
Como se preparar para a tendência?
Para se preparar para a saúde 4.0, o seu negócio precisa iniciar a implementação de tecnologia de ponta o quanto antes. Assim, é possível treinar os funcionários e adaptar os processos antes que os seus concorrentes já o tenham feito.Para isso, você precisa contar com o parceiro certo, que, além de oferecer a solução tecnológica, presta toda a consultoria para o seu sucesso com ações de capacitação e adaptação aos processos trazidos pela ferramenta.A hCentrix oferece todo o suporte para que seus clientes tenham uma solução que alia o Big Data à Inteligência Artificial, com o objetivo de gerar diagnósticos de saúde populacional. A nossa solução conta com todas as ferramentas importantes para o fornecimento de relatórios completos, a gestão de dados e a tomada de decisões baseadas em dados.Afinal, saúde 4.0 não quer dizer que seus pacientes receberão um atendimento robotizado, mas que as suas necessidades serão identificadas de maneira mais precisa, por meio do uso de softwares específicos. Ou seja, essa tendência aplica, na tecnologia, o nosso lema: “temos uma atitude simples: simplicitude“.Quer saber mais sobre as novidades da inovação em saúde? Então, leia também sobre as principais tendências desse mercado!