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Gestão da Saúde Populacional Dinâmica (GSP-D): um guia completo

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A gestão da saúde populacional é um tema de extrema relevância em um mercado em constante evolução. Com as transformações demográficas, avanços tecnológicos e mudanças nos hábitos de vida, tornou-se imperativo adotar novas abordagens de gestão que sejam adaptáveis e dinâmicas para garantir o bem-estar de uma sociedade em constante fluxo. 

Nesse contexto, surge a Gestão da Saúde Populacional Dinâmica (GSP-D), uma abordagem mais abrangente que visa não apenas tratar doenças crônicas, mas também antecipar tendências, prevenir problemas de saúde em larga escala e promover intervenções eficazes. 

Este guia completo explora os fundamentos, estratégias e benefícios da GSP, delineando como essa abordagem inovadora está moldando o futuro dos cuidados de saúde ao abranger desde a coleta inteligente de dados até a implementação de políticas públicas embasadas. 

Ao longo deste texto, examinaremos os pilares da GSP, exemplos de sua aplicação bem-sucedida e os desafios que surgem ao buscar um equilíbrio entre a adaptabilidade dinâmica e a estabilidade no cuidado com a saúde da população.

. Value Based Healthcare (VBHC)

. Como atuar com base no VBHC?

.  O que é Gestão da Saúde Populacional Dinâmica (GSP-D)?

. A evolução do PSP

. Novas possibilidades

. Conclusão

. Conheça a hCentrix

Value Based Healthcare (VBHC)

Antes de avançar na discussão sobre Gestão da Saúde Populacional Dinâmica, precisamos antes falar sobre Value Based Healthcare (VBHC). 

É, talvez, a discussão mais importante no sistema de saúde nos últimos anos. Atuar com base no VBHC implica em mudanças significativas na gestão do plano e seu relacionamento com a rede e beneficiários, necessitando ir além de um contrato com o prestador e controle dos serviços prestados.

O modelo atual é frágil e fragmentado porque a maioria dos prestadores atua de forma pontual sobre o paciente, limitando-se apenas a execução de um procedimento ou no máximo a execução e controle de um evento. De forma geral, a preocupação com o paciente termina quando este deixa de estar sob os cuidados da instituição que o atendeu. 

A atenção deve ser mais ampla e longitudinal: a evolução da saúde e o episódio clínico, entendido como o processo de acompanhar o paciente do início ao fim. Por exemplo, um episódio que envolve uma cirurgia bariátrica, que deve começar 6 meses antes do procedimento e terminar 12 meses depois.

É a chamada avaliação dos desfechos da jornada do paciente.

Como atuar com base no VBHC?

Esse é o desafio – e, por que não, uma responsabilidade das operadoras de saúde. Elas que devem conduzir a jornada do paciente, garantindo a máxima efetividade em termos econômicos, menor duração, maior qualidade e a percepção de uma experiência positiva.

Para que isso aconteça o plano necessita atuar precocemente (oferecer o recurso certo, no momento correto, conforme o risco pré-identificado).

Para isso, a operadora precisa conhecer e monitorar continuamente o perfil de saúde da população, acompanhar cada membro em tempo real, identificando suas necessidades e agindo rapidamente.

O que é Gestão da Saúde Populacional Dinâmica (GSP-D)?

Aqui entra o conceito de Gestão da Saúde Populacional Dinâmica. 

O foco no tempo real, ou seja, com o que está acontecendo agora com cada beneficiário e a ação precoce são condições essenciais para uma gestão realmente orientada para o VBHC.

É a base de dados já levantada pelas operadoras de saúde que oferece as informações sobre a população atendida. Por isso, é fundamental que ela seja constantemente atualizada e aperfeiçoada – só assim ela reflete a real condição de cada indivíduo.

Dessa forma, é constituído o Perfil de Saúde Populacional Dinâmico (PSP-D), que compila as informações de todos os beneficiários, oferecendo subsídios para que sejam identificadas as necessidades de cada um deles – e criadas ações precoces e proativas.

Ou seja, em tempo real, o sistema avalia o risco e já indica possíveis ações a fim de saná-lo e a gestão é feita de fato orientada para o VBHC.

A evolução do PSP

Muitos gestores de saúde já se iludiram (e desiludiram) com modelos tradicionais de PSP. Isso porque ele, há até pouco tempo, funcionava apenas como uma ferramenta para conhecer o perfil de saúde de forma estática e utilizando bases desafadas. 

O uso do PSP dessa forma (com atualização com intervalo de meses ou mesmo anual) para conhecer a saúde da população tem levado os gestores a implementar iniciativas isoladas, normalmente focadas em um grupo com condições ou riscos de saúde semelhantes e desconectados das atualizações sobre eventos e, consequentemente, da jornada real do paciente.

As novas tecnologias à disposição permitem um PSP-D gerando não apenas análises (modelo tradicional), mas principalmente recomendando ações de forma contínua. Agora, não há desculpas para interagir de forma dinâmica e integrada com a população, prestadores, plano de saúde e saúde ocupacional para conseguir o objetivo principal: oferecer o recurso certo, no momento correto de acordo com o risco (naquele momento). 

Isto é: agir precocemente com maior resultado clínico, engajamento e satisfação da população e, ao mesmo tempo, com controle do custo efetivo.

Novas possibilidades

Não estamos exagerando quando dizemos que a tecnologia atualmente disponível é vital para o sucesso dos planos de saúde. Ainda mais em um momento que estamos vivendo, com o aumento de custos médicos e da demanda por serviços. 

Várias oportunidades, até então inviáveis, se abrem para os gestores de saúde atuarem a partir do PSP-D. Listamos algumas delas:

  • Atuar precocemente e, portanto, com elevado engajamento do paciente – depois que o tratamento iniciou com terceiros, ele simplesmente não engaja;
  • Monitoramento dos prestadores em tempo real, permitindo foco naqueles que demandam mais;
  • Controle em tempo real da performance de prestadores que executam programas de GSP;
  • Desenvolvimento de modelos preditivos em real time;
  • Integração da informação com médicos credenciados para acessar o histórico de utilização de seu paciente atualizado e validar os clusters em que ele está classificado;
  • Desenvolvimento de um modelo de remuneração baseado em VBHC a partir de uma estratificação dinâmica da população e com maior foco na navegação de episódios;
  • Maior controle da rede credenciada em função da ação precoce e de uma melhor gestão da jornada do paciente;
  • Apuração de resultados de ações de coordenação da saúde da população sem ter que realizar estudos complexos (semestrais ou anuais) de forma contínua;
  • E, principalmente, integração de todas as iniciativas de coordenação com as diversas áreas operacionais: autorização, regulação, controle de internados, auditoria concorrente, APS etc.

Conclusão

A ação precoce e adequada ao momento do paciente é um conceito que deve ser fortalecido e estar no foco das operadoras de saúde. Ela deve caminhar ao lado de outros conceitos, como ação preventiva e ação preditiva – que não devem ser divergentes. 

Existem dezenas de condições de saúde em que a ação precoce pode reduzir custos no curto prazo e, ainda mais importante, melhorar o episódio do paciente com impacto e duração menor.

Frente ao atual cenário que vivemos no sistema de saúde suplementar, agir no momento certo, por meio da ação precoce e oferecer à população uma ação preventiva mais eficaz e assistência tradicional de maior efetividade não é apenas uma inovação. É uma necessidade urgente.

Conheça a hCentrix

A hCentrix é uma empresa especializada em soluções para gestão do risco de saúde no presente, permitindo atuar de forma precoce sobre o risco da população, sempre adequado ao perfil de saúde de cada participante. Visão populacional, ação individual.

Nossos executivos atuam no mercado de saúde há mais de 20 anos. Eles foram os fundadores da AxisMed, empresa pioneira na execução da Gestão de Saúde Populacional no Brasil e da ASAP – Aliança para Saúde Populacional.

Ao longo dessa trajetória, eles entenderam que a jornada do paciente apresenta diversas lacunas e que, mesmo com a consolidação dos programas de monitoramento de pacientes, a dor dos clientes é a mesma: o alto custo assistencial.

Fale conosco para saber mais!

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